A Embraer (EMBR3) decepcionou o mercado ao registrar um prejuízo líquido ajustado de R$ 428,5 milhões no primeiro trimestre de 2025, conforme relatado nesta terça-feira (6). O consenso da Bloomberg previa um lucro de R$ 121 milhões para o período.
Esse resultado representa uma reversão em relação ao lucro de R$ 1,09 bilhão obtido no trimestre anterior e é superior ao prejuízo de R$ 63,5 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
No que diz respeito ao Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que avalia o desempenho operacional da empresa, o totalizou R$ 620,6 milhões entre janeiro e março deste ano. Este valor é inferior ao resultado de R$ 1,9 bilhão do trimestre anterior e superior aos R$ 233,6 milhões obtidos no primeiro trimestre de 2024.
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A margem Ebitda ajustada foi de 9,7%, comparada a 5,3% no primeiro trimestre de 2024.
O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado alcançou R$ 359,2 milhões, resultando em uma margem Ebit ajustada de 5,6%.
As receitas líquidas da Embraer totalizaram R$ 6,4 bilhões no primeiro trimestre deste ano, em comparação com R$ 4,4 bilhões no mesmo período de 2024. De acordo com a empresa, este foi o melhor desempenho em receitas desde 2016.
No primeiro trimestre de 2025, a dívida líquida da fabricante, excluindo a Eve, atingiu R$ 2,68 bilhões.
A carteira total de pedidos da Embraer alcançou US$ 26,4 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 25% em comparação ao mesmo período do ano passado e superando o recorde estabelecido no quarto trimestre de 2024.
Estimativas 2025
Do ponto de vista operacional, desconsiderando a Eve, a Embraer projeta que as entregas da divisão de Aviação Comercial variem entre 77 e 85 aeronaves, o que representa um aumento de 10% em relação à média anual. Para a divisão de Aviação Executiva, a previsão é de que as entregas fiquem entre 145 e 155 aeronaves, com um crescimento de 15% em relação ao ano anterior.
Em termos financeiros, a empresa espera receitas entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, com uma margem Ebit ajustada entre 7,5% e 8,3%, além de um fluxo de caixa livre ajustado superior a US$ 200 milhões.
A Embraer também ressaltou que os resultados do primeiro trimestre não foram afetados pelas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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