Os índices do mercado de ações passam por ajustes periódicos para manter o equilíbrio, garantir a representatividade e seguir normas de diversificação.
No caso da Nasdaq, essas revisões ocorrem a cada três meses, ajustando os setores e as ações com maior peso. Por isso, essas alterações são importantes para os investidores que desejam compreender quais fatores poderão impactar a valorização do benchmark.
A mais recente atualização trimestral aconteceu em 31 de março de 2025, trazendo de volta um antigo participante ao top 10 das ações mais relevantes e rebaixando o Google em sua posição.

No primeiro trimestre de 2025, as duas ações da Alphabet (Google) e a Costco eram as menos significativas dentro do índice. Para o segundo trimestre, a Alphabet foi rebaixada, sendo substituída pela Netflix, que agora ocupa uma posição superior à da Tesla. Como resultado, a Tesla teve uma redução de mais de 1% em seu peso na composição do índice.

Além disso, é possível notar que as três principais empresas de tecnologia — Microsoft, Apple e Nvidia — também tiveram uma leve redução em seu peso, o que sugere uma diluição na concentração do índice.
Ao examinar os setores, a leve diminuição da exposição em Tecnologia permite que o índice amplie sua participação em setores mais defensivos, como Telecomunicações, Consumo Básico e Cuidados Médicos. É importante destacar que, devido ao foco do índice ser em Tecnologia, esse setor continuará a ter um papel predominante.
Por que os índices fazem rebalanceamentos?
Há diversas razões para realizar o balanceamento dos índices, tanto por questões estratégicas quanto regulatórias. Primeiramente, é fundamental evitar uma concentração excessiva, embora a Nasdaq ainda tenha mais de 50% de sua composição voltada para o setor de tecnologia, o que a torna um índice desbalanceado.
Uma discussão similar ocorre em relação ao Ibovespa, que apresenta uma alta concentração em empresas como Vale, Petrobras e os três maiores bancos.
Os índices são projetados para refletir um setor ou a economia de forma proporcional. Quando algumas ações se valorizam significativamente mais do que outras, elas podem inflacionar o índice de maneira artificial, distorcendo a verdadeira situação do mercado. Por isso, é essencial manter a representatividade do índice.
Além disso, existem regras de diversificação para os índices de referência. O Nasdaq-100 segue diretrizes específicas estabelecidas por reguladores e acordos com ETFs e fundos.
A regra mais importante é o limite de concentração 5/48. Se as empresas com peso individual superior a 4,5% somarem mais de 48% do índice, a Nasdaq exige um rebalanceamento especial. Além disso, nenhuma empresa pode ter uma participação superior a 24%, que é considerada o teto absoluto na prática.
Conhecendo os índices de ações
Traders e investidores que aplicam recursos na Nasdaq ou em ETFs relacionados a esse índice devem estar cientes da concentração de sua exposição. Para aqueles que buscam uma diversificação maior, é recomendável considerar índices mais equilibrados, como o S&P 500, que tende a ser muito mais diversificado em relação a empresas além das chamadas “sete magníficas”.
Além disso, índices temáticos podem ser uma boa opção, como o Russell 2000, ideal para quem está disposto a investir em small caps.

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