Pular para o conteúdo

Como a mudança no IOF vai afetar as suas viagens para fora do Brasil

A Receita Federal estabeleceu uma alíquota fixa de 3,50% para o imposto, o que representa um “impacto” significativo para os viajantes que utilizam contas em moedas estrangeiras, como Wise e Nomad.

Não é possível discutir uma viagem internacional sem mencionar o Imposto sobre Transações Financeiras (IOF). Essa taxa influencia todos os gastos que os turistas brasileiros têm no exterior, pois se aplica a todas as operações de câmbio — seja em dinheiro, no uso do cartão de crédito ou em contas em moedas estrangeiras.

Por conta disso, a alteração anunciada ontem (22) pela Receita Federal terá um impacto considerável no planejamento e, principalmente, no orçamento dos viajantes.

A partir desta sexta-feira (23), o IOF para transações de câmbio terá uma alíquota única de 3,50%, que se aplicará na maioria das situações, representando um aumento em relação às taxas anteriores.

Na prática, isso significa que adquirir dólares, euros e outras moedas estrangeiras se tornará mais caro.

Na ponta do lápis

Para entender melhor, realizamos os cálculos do custo de uma carga de US$ 1.000 em uma conta digital em moeda estrangeira.

Levando em conta a cotação comercial de 1 USD = 5,7101 reais, que estava em vigor por volta das 10h, o viajante enfrentaria os seguintes valores:

  • Tarifa da instituição = R$ 46,25
  • IOF de 3,5% = R$ 199,85
  • Valor total a ser pago = R$ 5.926,24 

Antes da alteração promovida pela Receita Federal, o IOF de 1,1% correspondente a essa transação seria de R$ 62,81.

Ainda há vantagem em usar Wise, Nomad e outras contas em moedas estrangeiras?

As contas em moedas estrangeiras, que se tornaram populares nos últimos anos, perderam a vantagem que tinham em comparação aos cartões de crédito internacionais e pré-pagos, que anteriormente enfrentavam um IOF bem mais elevado.

Assim, quem costumava acumular sua “poupança” de viagem em contas digitais como Nomad, Wise ou similares, já não encontra mais tantas vantagens ao utilizar esse recurso ou um cartão de crédito internacional.

Antes da mudança, tanto a compra de moeda estrangeira em espécie quanto por meio dessas contas era sujeita a um IOF de apenas 1,10%, enquanto a aquisição de cartões pré-pagos em moeda estrangeira ou os gastos com cartões de crédito internacionais estavam sujeitos a um IOF de 3,38%.

  • Não por acaso, muitas instituições financeiras usavam como benefício do cartão de crédito o cashback do IOF. 

Apesar da alteração no imposto, as contas em moedas estrangeiras ainda apresentam uma vantagem: elas geralmente utilizam o câmbio comercial, que é mais favorável em comparação ao câmbio turismo, aplicado pelas casas de câmbio na venda de dinheiro em espécie e cartões pré-pagos.


DifViral difviral@gmail.com

No DifViral você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *