Pular para o conteúdo

Raízen (RAIZ4) atrai potenciais compradores para mais uma de suas usinas e avança em processo de reestruturação

A estratégia de venda de ativos no Brasil e na Argentina pode atingir até R$ 15 bilhões, ajudando a equilibrar o balanço da empresa.

A Raízen (RAIZ4), uma joint venture de energia renovável formada pelo Grupo Cosan (CSAN3) e a Shell, está ampliando sua lista de ativos à venda e já despertou o interesse em sua operação na Argentina.

Conforme reportado pelo Estadão, a negociação para a compra de uma refinaria da Raízen na Argentina está sendo liderada pelo BTG Pactual e está sendo avaliada por empresas como a Trafigura, uma multinacional de commodities com sede em Cingapura e filial em Montevidéu, e a Glencore, que atua no setor de mineração e commodities.

Na Argentina, a Raízen opera mais de mil postos de combustíveis, uma fábrica de lubrificantes, três terminais terrestres, duas bases em aeroportos e ativos de GLP (gás liquefeito de petróleo), além da sua refinaria — que foi avaliada em US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 5,6 bilhões) em 2018, quando todos esses ativos foram adquiridos da Shell.

Estratégia de desinvestimento para arrumar a casa

A elevada dívida da Raízen, um dos principais desafios enfrentados pelo Grupo Cosan, está pressionando o fluxo de caixa da empresa, o que impulsiona a estratégia de desinvestimento e venda de ativos liderada pelo CEO Nelson Gomes.

Depois de um período com juros baixos, a Raízen fez investimentos significativos para crescer, o que culminou na difícil situação financeira que enfrenta atualmente.

A empresa de energia e bioenergia registrou um prejuízo líquido de R$ 2,57 bilhões em 2024, revertendo o lucro de R$ 793 milhões obtido no ano anterior. O endividamento líquido aumentou 22,5% em relação ao ano passado, atingindo R$ 38,59 bilhões.

Recentemente, a Raízen finalizou um acordo para vender um conjunto de projetos de usinas solares distribuídas para o Patria Investimentos — essa operação está sendo analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No ano passado, a empresa já havia vendido 31 projetos semelhantes ao Pátria por R$ 700 milhões.

Na semana passada, a Raízen também completou a venda da usina de Leme para a Ferrari Agroindústria S.A e a Agromen Sementes Agrícolas Ltda por R$ 425 milhões.

Adicionalmente, em fevereiro deste ano, o conselho da Raízen aprovou uma proposta para levantar até R$ 2,4 bilhões com o objetivo de financiar ou refinanciar suas dívidas.

De acordo com fontes consultadas pelo Estadão, a estratégia de venda de ativos da Raízen no Brasil e na Argentina pode alcançar um valor que se estima suficiente para equilibrar o balanço da empresa, variando entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões.

Recentemente, as ações da Raízen (RAIZ4) apresentaram uma alta de 5,5%.


DifViral difviral@gmail.com

No DifViral você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *