Ainda em fase de planejamento, a fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi passará por uma análise mais detalhada antes de receber a aprovação final, conforme um relatório técnico divulgado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Recentemente, fontes do conselho informaram à Brazil Journal que não haveria obstáculos para a união das empresas devido à baixa concentração no mercado. No entanto, o documento apresentado aponta o contrário.
O relatório ressalta que, em muitos dos 491 mercados locais avaliados, a empresa resultante da fusão teria mais de 50% de participação, o que infringe os limites de concentração considerados críticos. Além disso, o Cade observa que, embora existam pequenos concorrentes, empresas de médio e grande porte têm se afastado do mercado, o que gera preocupações sobre a competitividade nesse setor.
O relatório também menciona que a Petlove, um concorrente importante no setor, se manifestou contra a fusão, argumentando que isso poderia prejudicar a concorrência em relação a empresas menores e marketplaces como Amazon e Mercado Livre.
Analistas do BTG Pactual acreditam que a união das duas empresas poderia resultar em uma otimização de custos e um maior poder de negociação com fornecedores. No entanto, eles enfatizam a alta competitividade do mercado brasileiro, destacando que os marketplaces, que estão intensificando suas operações na categoria, poderiam dificultar uma precificação mais eficiente.
O banco prevê que o acordo será aprovado, mas apenas no segundo semestre de 2025, pois ainda existem incertezas sobre as medidas corretivas que poderão ser exigidas pela autoridade antitruste.
Com a divulgação do relatório, as ações da empresa começaram o dia em baixa, chegando a cair 1,38%. Contudo, durante a manhã, os papéis buscaram estabilidade e chegaram a subir 2,07% logo em seguida. Por volta das 12h (horário de Brasília), as ações recuavam 0,92%, cotadas a R$ 4,30, figurando entre as principais quedas do dia.
As oscilações nas ações refletem como o desempenho dos papéis é influenciado pelas atualizações relacionadas à fusão. Dessa forma, o BTG Pactual mantém sua recomendação neutra em relação ao investimento.
Sobre a fusão
Anunciado em agosto do ano passado, o acordo estabelece que as ações da Petz serão incorporadas por uma subsidiária totalmente controlada pela Cobasi.
Nesse processo, a Petz será fundida com a divisão Cobasi Investimentos, que, em seguida, será integrada à Cobasi S.A. Como resultado, a Petz se tornará uma subsidiária da Cobasi, promovendo a unificação das estruturas acionárias das duas empresas.

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