O JP Morgan revisou sua previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre de 2025, passando de 1,5% para 2,2%, em resposta a dados considerados “sólidos”. Essa atualização ocorreu após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar que a atividade econômica cresceu 1,4% nos primeiros três meses do ano.
Os economistas Vinicius Moreira e Cassiana Fernandez destacam que o aumento no mercado de trabalho e o crescimento dos novos empréstimos em abril indicam que a economia pode demorar mais para desacelerar. Os indicadores de confiança em maio reforçam essa perspectiva.
A instituição também estima que a produção industrial de abril — cujos dados serão divulgados nesta terça-feira (3) — aumente em 0,3%, após uma alta de 1,2% em março.
“Isso deve resultar em uma taxa de crescimento da produção industrial superior a 4% no segundo trimestre, superando os 0,6% registrados no primeiro trimestre”, afirmam os economistas.
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No primeiro trimestre do ano, o consumo apresentou uma recuperação, alcançando uma alta de 4,2%, o que parece alinhar-se com um crescimento na renda disponível.
“A taxa de poupança das famílias aumentou e se mantém em níveis elevados, fora do período da pandemia. Isso indica que, mesmo que o mercado de trabalho enfrente dificuldades — o que não foi observado nos dados divulgados em abril — ainda pode haver espaço para uma maior resiliência no crescimento do consumo”, afirmam os especialistas.
Mas, afinal, o PIB vai desacelerar?
Embora tenha elevado sua projeção para o PIB do segundo trimestre, o JP Morgan continua a afirmar que a atividade econômica deverá passar por uma desaceleração considerável no segundo semestre de 2025.
“Esperamos que o aperto monetário — a deterioração nas condições de concessão de crédito já parece estar em curso — e nossa previsão de um impacto fiscal negativo levarão a uma desaceleração da economia no segundo semestre deste ano e em 2026”, afirmam Moreira e Fernandez.
A instituição mantém suas projeções de crescimento médio do PIB em 0,5% por trimestre no segundo semestre e de 2,3% ao final do ano.

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