A geração de empregos nos Estados Unidos deve ter diminuído significativamente em maio, à medida que as empresas lidam com a incerteza em relação às tarifas. No entanto, essa desaceleração provavelmente não será suficiente para levar o Federal Reserve a reduzir as taxas de juros em um futuro próximo.
O relatório de emprego do Departamento do Trabalho, que será divulgado hoje, deve indicar que a taxa de desemprego permaneceu em 4,2% pelo terceiro mês consecutivo, com um aumento consistente nos salários.
Apesar disso, as perspectivas econômicas são preocupantes. Economistas afirmam que a volatilidade nas políticas tarifárias do presidente Donald Trump tem dificultado o planejamento das empresas. Brian Bethune, professor de economia no Boston College, observa: “A economia está em uma situação de pressão crescente. As mudanças constantes nas tarifas não favorecem o planejamento adequado para novas contratações.”
As previsões indicam que os EUA podem ter criado cerca de 130 mil novos postos de trabalho no mês passado, uma queda em relação às 177 mil vagas abertas em abril, conforme uma pesquisa da Reuters entre economistas. Esse número está abaixo da média de três meses de 155 mil, mas ainda acima da quantidade necessária para acompanhar o crescimento da população economicamente ativa, estimada em cerca de 100 mil empregos mensais.
As projeções variam entre 75 mil e 190 mil novas vagas. Grande parte do aumento no emprego neste ano é resultado do acúmulo de mão de obra pelas empresas.
Andrew Husby, economista sênior do BNP Paribas Securities, destaca que “as empresas aprenderam com experiências passadas que demissões excessivas ou cortes nos investimentos durante períodos de desaceleração podem dificultar a recuperação quando a economia melhora.” Essa dinâmica ainda se mantém forte, resultando em um cenário de contratação reduzida e poucas demissões.
Economistas sugerem que essa situação pode levar o Federal Reserve a adotar uma postura de cautela até o final do ano. Os mercados financeiros projetam que o Fed manterá sua taxa de juros de referência entre 4,25% e 4,50% neste mês, com a expectativa de que comece a relaxar essa política em setembro.

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