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Tenda (TEND3) quer arrecadar até R$ 300 milhões com securitização de contratos de imóveis

A construtora Tenda (TEND3) anunciou ao mercado a aprovação de uma operação de cessão de carteira pró-soluto, relacionada a uma emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) que será realizada pela Opea Securitizadora S.A., por meio de sua 448ª emissão. O montante total da operação poderá atingir até R$ 300 milhões.

Essa operação incluirá a emissão de CRIs divididos em duas partes da classe sênior e uma classe subordinada, com as seguintes condições de remuneração:

  • Primeira parte da classe sênior: 100% da Taxa DI + 2% ao ano, base 252 dias úteis;
  • Segunda parte da classe sênior: IPCA + 9,90% ao ano, base 252 dias úteis;
  • Classe subordinada: IPCA + 11% ao ano, base 252 dias úteis.

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) serão distribuídos pela Galapagos Capital DTVM, em uma oferta pública realizada sob o regime de melhores esforços, conforme estabelecido na Resolução CVM nº 160.

Essa oferta será garantida por Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) emitidas pela securitizadora, que representam créditos imobiliários originados pela Tenda, Tenda Negócios Imobiliários S.A. e Alea S.A. Esses créditos são provenientes de contratos de compromisso de compra e venda e termos de confissão de dívida relacionados a imóveis residenciais em construção e venda pelas empresas.

O valor total da operação pode ser alcançado por meio de várias liberações de recursos ao longo de até seis meses após a primeira emissão. A primeira liberação, no valor de R$ 160 milhões, está prevista para acontecer até 30 de junho de 2025.

Nesta fase inicial, o montante líquido que será recebido pelas empresas cedentes será de R$ 159.004.202,43, após a dedução das despesas fixas e da parte destinada ao Fundo de Despesas da Emissão.

Essa operação permite que a Tenda converta recebíveis futuros em capital imediato. Ao securitizar uma carteira pró-soluto, a empresa antecipa o valor dos contratos de venda de imóveis que ainda estão sendo pagos pelos clientes. Dessa forma, ela consegue injetar recursos em seu caixa imediatamente, sem precisar aguardar o recebimento das parcelas mensais ao longo dos anos.

Além de reforçar o capital de giro e possibilitar novas construções, essa estratégia também diminui os riscos: ao comercializar os créditos na modalidade pró-soluto, a Tenda não se torna responsável por eventuais inadimplências dos clientes.

Nesse modelo, o risco é transferido para os investidores que adquirem os títulos da emissão. Na prática, trata-se de uma maneira eficaz de reciclar ativos e melhorar a saúde financeira em um setor que depende muito de liquidez.


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