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À espera do Copom, Goldman Sachs prevê Selic a 14,75% e a sinalização de uma nova alta em junho

Nesta terça-feira (6), inicia-se a primeira jornada da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A decisão sobre a taxa será anunciada amanhã (7), após o fechamento do mercado, e a expectativa é de um novo aumento na taxa básica de juros do Brasil.

O Goldman Sachs prevê um acréscimo de 0,50 ponto percentual na Selic, elevando-a para 14,75%, o que está em linha com o consenso do mercado e já foi considerado nas expectativas.

De acordo com o banco, o comunicado pós-reunião será crucial, especialmente as projeções para o final de 2025 e para o quarto trimestre de 2026 (abrangendo os próximos seis trimestres) e a magnitude da inflação em relação à meta de 3,00%.

“Essas projeções serão fundamentais para ajustar a trajetória da taxa Selic e a profundidade do ciclo de alta”, afirmaram Alberto Ramos, Jorge Moscoso, Sérgio Armella e Santiago Tellez em um relatório.

Os analistas ressaltam que os dados sobre a atividade econômica têm se mostrado, de maneira geral, resilientes, enquanto o cenário do mercado de trabalho continuou apertado desde a última reunião do Copom em março.

As expectativas de inflação para o curto prazo também apresentaram uma leve melhora, embora tenha havido uma deterioração marginal para 2026, com estabilidade nas projeções para períodos mais longos.

O Goldman Sachs estima que a Selic atinja 15% no final de 2025, enquanto para 2026 a previsão é que fique em 12,50%.

O que esperar do comunicado do Copom

De acordo com os analistas do Goldman Sachs, o comunicado sobre a decisão do Copom nesta quarta-feira (7) deve reconhecer que as expectativas de inflação continuam bem acima da meta, embora tenham mostrado sinais de estabilização recentemente, assim como os dados sobre a inflação geral e o núcleo.

Além disso, eles acreditam que o comitê vai destacar um ambiente macroeconômico repleto de incertezas externas e que, apesar da resiliência do ciclo econômico, pode ser que já tenha atingido seu ponto máximo.

“Na reunião de março, o Copom indicou que, considerando a continuidade de um cenário desafiador para a convergência da inflação em direção à meta, a elevada incerteza e as defasagens associadas ao ciclo de aperto monetário em andamento, antecipou uma elevação menor na próxima reunião [em maio], caso as condições macroeconômicas evoluam como esperado”, comentaram os analistas.

A equipe do Goldman Sachs ainda acredita que, dada a incerteza significativa no cenário externo, o comitê do Banco Central não deve descartar a possibilidade de um novo aumento na reunião de junho, mas sem oferecer uma orientação clara sobre isso.


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