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A indústria do entretenimento sempre demonstrou resiliência”: a Netflix não está alarmada com os efeitos das tarifas de Trump; a empresa apresenta resultados sólidos no primeiro trimestre de 2025

A plataforma de streaming planeja investir cada vez mais em publicidade para amenizar os impactos do crescimento mais lento na base de assinantes.

“É reconfortante saber que, historicamente, o setor de entretenimento tem se mostrado bastante resiliente em momentos de crise econômica.” Com essas palavras, o co-CEO da Netflix (Nasdaq: NFLX; B3: NFLX34), Greg Peters, buscou acalmar os investidores em relação aos possíveis efeitos da guerra comercial promovida por Donald Trump nos resultados da empresa.

Embora a plataforma de streaming tenha sido criada nos Estados Unidos, na Califórnia, os acionistas estão preocupados com a possibilidade de que a queda na confiança do consumidor e a diminuição do consumo geral possam impactar os números da Netflix.

Isso se deve ao fato de que as tarifas podem aumentar o custo de vida em nível global, levando muitos clientes a cortarem despesas consideradas “supérfluas”, como serviços de entretenimento.

No entanto, o otimismo de Peters vem acompanhado de uma dose de cautela. Apesar de ter reportado um trimestre forte, a Netflix não revisou suas projeções. “Não houve alterações significativas em nossa visão geral do negócio”, esclareceu o executivo.

As expectativas para 2025 continuam as mesmas já divulgadas anteriormente: uma receita entre US$ 43,5 bilhões e US$ 44,5 bilhões e uma margem operacional de 29%.

Como foi o balanço do 1T25 da Netflix?

O relatório do primeiro trimestre de 2025 confirmou uma mudança previamente anunciada pela empresa: este foi o primeiro balanço que não menciona o número de assinantes, já que a nova abordagem prioriza a apresentação de receitas e outros indicadores financeiros como principais métricas de desempenho.

O principal destaque, que impulsionou as ações em 3,3% na quinta-feira (17), foi a receita, que registrou um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

De acordo com a empresa, esse desempenho positivo foi impulsionado por um aumento no número de assinantes que superou as expectativas, além dos lucros obtidos com a publicidade na plataforma.

De maneira geral, os resultados superaram as previsões feitas pelos analistas:

  • Receita: US$ 10,54 bilhões contra US$ 10,52 bilhões esperados
  • Lucro por ação: US$ 6,61 contra US$ 5,71 esperados

O lucro líquido no período alcançou US$ 2,89 bilhões, um crescimento em comparação aos US$ 2,33 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano anterior.

Em janeiro de 2025, a empresa implementou um aumento nos preços nos Estados Unidos. A opção mais acessível, que inclui anúncios, passou a custar US$ 7,99, enquanto a mais cara foi fixada em US$ 24,99 — sem incluir as contas adicionais, que têm um custo extra.

Em comunicado, a empresa destacou que “um dos focos principais em 2025 é aprimorar as capacidades voltadas para anunciantes”. Essa estratégia de fortalecer a publicidade visa mitigar os impactos do crescimento mais lento na base de assinantes.

“Acreditamos que nossa plataforma de tecnologia publicitária é essencial para nossa estratégia de anúncios no longo prazo”, afirmou a empresa. “Com o tempo, isso nos permitirá oferecer métricas melhores, segmentação aprimorada, formatos publicitários inovadores e capacidades programáticas expandidas.”

A Netflix lançou uma plataforma interna de tecnologia publicitária no início de abril nos Estados Unidos e planeja expandi-la para outros mercados nos próximos meses.


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