A abordagem sugerida pelo CIO da Empiricus Gestão integra a exposição a mercados internacionais e às taxas de juros reais no Brasil; descubra mais sobre essa estratégia.
Os mercados globais estão enfrentando um período de tensão devido ao aumento do risco de uma guerra comercial.
Nesse contexto, muitos investidores podem se perguntar se é o momento de adotar uma postura mais cautelosa ou se as flutuações do mercado representam oportunidades para adquirir ativos a preços mais baixos.
Após Donald Trump anunciar sua nova política comercial, a China respondeu com tarifas de importação em retaliação ao plano americano.
Como resultado, na última sexta-feira (4), as principais bolsas do mundo registraram quedas significativas. O S&P 500 e o Nasdaq-100, os principais índices da bolsa dos EUA, caíram 5,97% e 6,07%, respectivamente.
No Brasil, o Ibovespa também sentiu os efeitos do aumento da aversão ao risco global. Esse clima de incerteza contribui para a manutenção das taxas de juros elevadas, que oferecem retornos atrativos na renda fixa.
Atualmente, há títulos brasileiros com juros reais superiores a 7%, um rendimento raro nos últimos anos. O juro real refere-se às taxas de juros ajustadas pela inflação no período.
“Este é o momento ideal para o investidor aproveitar e realizar compras”, afirma João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão.
Para aqueles que têm um horizonte de investimento a longo prazo, o cenário atual oferece boas oportunidades para adotar uma “estratégia 40/60”, que combina a exposição a mercados globais com os juros reais brasileiros, segundo ele.
40/60: conheça a estratégia para buscar retornos com ativos globais e juro real
Apesar dos recentes acontecimentos que geram preocupação entre os investidores, este é um momento oportuno para aumentar a alocação em ativos globais, afirma Piccioni.
De acordo com o gestor, o principal motivo é que, a longo prazo, “o investimento global é fundamental para um portfólio diversificado”. Ele ressalta que as empresas que mais proporcionaram retornos ao longo dos anos foram aquelas que se expandiram globalmente.
Isso acontece porque os mercados estão sempre em busca de oportunidades em diferentes regiões. Por exemplo, quando a economia dos Estados Unidos enfrenta dificuldades, os investimentos tendem a migrar para lugares como China, Europa ou até mesmo mercados emergentes como o Brasil.
Portanto, quem investe apenas no mercado local perde a chance de participar dos ciclos de crescimento que ocorrem globalmente, deixando de aproveitar boas oportunidades de rendimento ao longo do tempo.
Além disso, a recente queda das bolsas internacionais permite que os investidores adquiram esses ativos a preços mais baixos. Assim, não aproveitar o atual cenário para diversificar os investimentos globalmente é considerado por ele um “erro básico”.
Por outro lado, a inflação persistente e o aumento da Selic no Brasil elevaram os juros reais a níveis bastante atrativos. Atualmente, é possível encontrar retornos reais de 7,8% em títulos do Tesouro Direto atrelados ao IPCA, tornando essencial incluir a renda fixa nas carteiras de investimento.
Nesse contexto, o fundo Global Real Return da Empiricus Gestão oferece aos investidores a oportunidade de se beneficiar tanto dos ciclos econômicos globais quanto dos locais. O fundo adota uma estratégia 40/60 e possui uma carteira composta por:
- 40% em ações globais via ETF WRLD11; e
- 60% em títulos do Tesouro Nacional de longo prazo (Tesouro Inflação e Tesouro Selic).
QUERO SABER COMO INVESTIR NO FUNDO GLOBAL REAL RETURN
Global Real Return: invista em ativos globais e juro real sem ‘come cotas’ e com dedução no IR
O Global Real Return é um fundo de previdência privada que, muitas vezes, é visto pelos brasileiros como um investimento repleto de regras complexas, taxas elevadas e retornos inferiores ao CDI. Contudo, essa percepção está mudando.
Atualmente, muitos desses fundos estão se modernizando e oferecendo acesso a estratégias de investimento mais avançadas. Com o Global Real Return, por exemplo, o investidor pode se expor a ativos globais e obter juros reais, além de aproveitar os benefícios fiscais que a previdência privada proporciona.
Na prática, isso significa que, ao longo do tempo, a abordagem 40/60 utilizada pelo Global Real Return pode resultar em retornos mais elevados devido aos seguintes incentivos fiscais:
- Isenção do come-cotas;
- Possibilidade de chegar à alíquota de IR de 10%, no regime de tributação regressivo, contra 15% dos fundos tradicionais;
- Dedução de até 12% da sua renda bruta no Imposto de Renda para quem optar pelo plano PGBL.
É importante ressaltar que o fundo não garante nenhum retorno específico. No entanto, para ilustrar a diferença nos resultados para os investidores, a Empiricus Research realizou a seguinte simulação:
Vamos considerar quanto renderia um investimento de R$12 mil ao longo de 30 anos em uma previdência privada em comparação a um fundo “tradicional”, mantendo a mesma alocação de ativos e um rendimento estimado de 8% ao ano.
Em um fundo aberto, o investidor teria um saldo líquido de R$62.268 ao final do período. Por outro lado, aqueles que optaram por investir na previdência privada com as mesmas características conseguiriam retirar R$108.677, beneficiando-se das vantagens fiscais oferecidas pelo PGBL Regressivo.
Um jeito barato e fácil de investir em ativos globais
Quando comparado a outros fundos globais, o Global Real Return apresenta uma taxa de administração bastante competitiva. Enquanto alguns fundos de previdência que investem em ativos globais podem cobrar taxas de até 2% ao ano, o Global Real Return tem uma taxa de apenas 0,50% ao ano.
Além disso, muitos desses fundos exigem aportes iniciais elevados, mas essa não é a realidade do Global Real Return. Com um investimento inicial de apenas R$1 mil, você já pode diversificar seu patrimônio com ativos globais e juros reais brasileiros, tudo isso com as vantagens fiscais proporcionadas pela previdência privada.
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