Em meio às oscilações nos tribunais, o Master também lida com a desconfiança do mercado após tentar realizar uma emissão de títulos em dólares e não conseguir atrair recursos.
A aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB) enfrenta alguns desafios, e o mais recente deles foi superado. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) suspendeu a decisão que havia proibido liminarmente a assinatura do contrato.
“O não há urgência real ou risco de dano irreparável que justifique a liminar concedida pela decisão contestada, cuja manutenção impacta a operação estratégica da empresa sem necessidade, antes mesmo da avaliação técnica dos órgãos reguladores”, afirmou o Desembargador.
Em um comunicado ao mercado na sexta-feira (9), o Banco de Brasília destacou que a transação ainda depende do cumprimento de várias etapas e da obtenção das autorizações regulatórias necessárias junto ao Banco Central, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outros órgãos competentes.
Compra do Banco Master pelo BRB
No final de março, o BRB anunciou a aquisição do Banco Master por 75% de seu valor patrimonial, totalizando cerca de R$ 2 bilhões.
A transação inclui a compra de 48% das ações ordinárias (com direito a voto) do Master, mas, ao considerar as ações ordinárias e preferenciais, o percentual atinge 60%.
O perfil agressivo do Master despertou interesse no negócio, em razão das suas estratégias controversas de captação de recursos, especialmente relacionadas aos CBDs (Certificados de Depósito Bancário), que oferecem taxas de juros bem acima da média do mercado, chegando a pagar até 130% do CDI.
Essa abordagem atraiu investidores em busca de retornos elevados, mas também gerou preocupações quanto à viabilidade da estratégia.
Além disso, o Master enfrenta ceticismo no mercado financeiro. Recentemente, a instituição tentou realizar uma emissão de títulos em dólares, mas não conseguiu obter os recursos desejados.
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