O lucro no primeiro trimestre de 2025 foi de R$ 3,8 bilhões, mantendo-se praticamente inalterado em relação ao ano anterior e alinhado com as expectativas do mercado.
A Ambev (ABEV3) registrou um lucro líquido de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), um resultado que se manteve estável em comparação ao mesmo período de 2024 e que está em linha com a expectativa do mercado, que previa R$ 3,808 bilhões, conforme informações coletadas pelo BTG Pactual.
As ações da ABEV3 apresentavam uma alta significativa de 4,63%, sendo negociadas a R$ 14,93 por volta das 10h30 desta quinta-feira (8).
A estabilidade nos resultados da cervejaria no primeiro trimestre é atribuída a um forte crescimento operacional, apesar dos impactos negativos provenientes do resultado financeiro e da carga tributária no Brasil.
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De acordo com a empresa, o início do ano foi “sólido”, respaldado pelo crescimento contínuo das receitas, expansão das margens e uma gestão rigorosa de custos e despesas. O volume consolidado teve um aumento de 0,7%, com destaque para os mercados do Brasil e da América Latina Sul, que compensaram as quedas observadas na América Central, Caribe e Canadá.
A receita líquida totalizou R$ 22,5 bilhões no trimestre, representando um crescimento de 6,7% em termos orgânicos, impulsionado principalmente por aumentos de preços. A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) cresceu 5,9%.
Além disso, o Ebitda ajustado apresentou um crescimento de 12,7% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 7,4 bilhões, com uma expansão de 180 pontos-base na margem, atingindo 33,1%. “Esse resultado foi impulsionado por ganhos de eficiência, menor pressão de commodities e câmbio, além de uma alocação mais eficiente de recursos”, destacou a Ambev em seu comunicado.
Embora tenha apresentado um avanço operacional, o lucro da Ambev foi impactado por um aumento de R$ 450 milhões no resultado financeiro líquido, que totalizou R$ 856,4 milhões no trimestre, além de uma carga tributária maior no Brasil, afetada por efeitos não recorrentes em comparação ao primeiro trimestre de 2024. A alíquota efetiva de impostos subiu de 15% para 21,7%.
Ao final de março, a empresa registrou uma posição de caixa líquido de R$ 17,1 bilhões, mesmo após realizar investimentos que somaram R$ 921,3 milhões no trimestre, um aumento de 5,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A alavancagem permanece sob controle, refletindo a forte geração de caixa e a estrutura conservadora de capital da companhia.
Para 2025, a Ambev prevê que a volatilidade continuará sendo um desafio e planeja implementar uma redução rigorosa em custos e despesas.
“Pensando no futuro, com os desafios relacionados ao câmbio e às commodities se intensificando a partir do segundo trimestre, manteremos nosso foco em investir em nossas marcas, oferecer valor excepcional aos nossos consumidores e adotar uma abordagem disciplinada na gestão de receitas, além de uma rigorosa governança sobre custos e despesas”, declarou a empresa.
Ambev: Distribuição de dividendos vem aí
A Ambev anunciou que o conselho de administração da empresa aprovou a distribuição de R$ 2 bilhões em dividendos, que serão pagos no dia 7 de julho.
Segundo o balanço divulgado, será distribuído um valor de R$ 0,1280 por ação, com base na posição acionária de 15 de maio para os acionistas da B3 e de 19 de maio para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) que são negociados na NYSE.
Do total a ser distribuído, a parte que se refere ao lucro obtido entre 1º de janeiro e 31 de março de 2025 será considerada para o cumprimento do dividendo mínimo obrigatório relativo ao exercício deste ano.
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