O banco divulgou um lucro líquido histórico de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre; veja os principais destaques do resultado.
O Banco Pine (PINE4) começou 2025 de maneira promissora, alcançando novos recordes de lucratividade e apresentando uma rentabilidade superior à de grandes instituições como o Itaú Unibanco (ITUB4) nos primeiros meses do ano.
O banco registrou um lucro líquido histórico de R$ 73,5 milhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 16,6% em comparação ao mesmo período de 2024 e um aumento de 9,5% em relação ao trimestre anterior.
De acordo com a instituição, esse crescimento reflete a “diversificação contínua dos negócios e o foco em operações com maiores margens”, destacando um aumento em todas as linhas de negócio e uma maior recorrência nas receitas.
“O primeiro trimestre foi marcado por resultados consistentes, com recordes consecutivos. A estratégia de diversificação nos negócios nos permite continuar crescendo e mantendo níveis saudáveis e sustentáveis de retorno. Vamos continuar colhendo os frutos do nosso foco na alocação de capital e na eficiência operacional”, afirmou Noberto Pinheiro Jr., diretor-executivo do Banco Pine, em comunicado.
Dessa forma, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) alcançou 25% no trimestre.
Esse resultado reflete um aumento de 1,1 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2024 e uma elevação de 2,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
O retorno ficou significativamente acima da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 14,75% ao ano, e também superou os índices de concorrentes privados como Itaú, Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4).
De olho nas provisões e inadimplência
Por outro lado, as despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) do Banco Pine praticamente quadruplicaram em relação ao ano anterior, totalizando R$ 49 milhões no final de março, o que representa um aumento de 298,4% em comparação ao mesmo trimestre do ano passado.
Esse crescimento foi atribuído às mudanças contábeis estabelecidas pela resolução 4.966 do Banco Central, que implementou um novo modelo de cálculo para a perda esperada na carteira de crédito, além de modificar a classificação e a mensuração dos ativos.
O banco também aponta que o aumento nas provisões se deve ao efeito da reversão de provisões no quarto trimestre de 2024.
Em relação aos indicadores de inadimplência, o percentual de devedores com mais de 90 dias em atraso subiu 0,2 ponto percentual na comparação anual e permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, fixando-se em 1,0%.
Outros destaques do balanço do Banco Pine (PINE4)
A carteira de crédito expandida do Banco Pine apresentou um crescimento de 32,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 8,8% na comparação trimestral, totalizando R$ 15,5 bilhões.
De acordo com o banco, esse aumento está ligado à expansão do segmento de atacado voltado para grandes empresas e à carteira de varejo colateralizado, que abrange produtos como crédito consignado e a antecipação do saque aniversário do FGTS.
“Estamos prontos para atuar no crédito consignado para trabalhadores”, comentou Clive Botelho, membro do comitê executivo do Banco Pine. “Esse produto deve ganhar impulso ao longo de 2025, aumentando o spread médio da carteira e, assim, a rentabilidade.”
O Pine também registrou um crescimento de 31,1% na margem financeira, que é a diferença entre a receita gerada pelo crédito e os custos de captação, alcançando R$ 194,2 milhões. Esse resultado foi impulsionado pela ampliação da carteira de crédito e pelos spreads mais altos, além da menor recuperação de créditos durante o trimestre.
As receitas provenientes de tarifas e serviços cresceram 56,1% em relação ao primeiro trimestre de 2024, atingindo R$ 18,9 milhões. Por outro lado, as despesas operacionais aumentaram 15,4% no comparativo anual, totalizando R$ 61,9 milhões.

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