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China dá a palavra final aos EUA sobre tarifas: a partir de agora, Trump será desconsiderado; Wall Street reage

As bolsas iniciaram o dia com quedas acentuadas, mas rapidamente os índices mudaram de direção e começaram a apresentar leve alta.

Estamos há zero dias de tranquilidade em Wall Street, estabelecendo um recorde de zero dias. Nesta sexta-feira (11), os investidores reagem à decisão da China de aumentar as tarifas sobre produtos norte-americanos de 84% para 125%.

Esse movimento aconteceu logo após a Casa Branca esclarecer um ponto na última quinta-feira (10): a tarifa efetiva sobre produtos chineses não seria de 125%, como Trump havia anunciado anteriormente, mas sim de 145%.

Com esse aumento, Pequim deixou uma mensagem clara ao seu rival: as tarifas já estão tão elevadas que não há mais espaço para produtos importados dos EUA na China. A partir de agora, o país asiático ignorará qualquer nova taxação imposta pelo governo Trump.

Wall Street começou o dia em forte queda, mas logo se estabilizou. O Nasdaq subiu 0,8% nesta manhã, recuperando-se da queda acentuada do dia anterior. Dow Jones e S&P também apresentaram altas abaixo de 1% por volta das 10h50.

No Brasil, o Ibovespa registrou um aumento de 0,51%, alcançando os 127 mil pontos. O dólar permanece praticamente estável em relação ao dia anterior, sendo negociado a R$ 5,88. O petróleo também se mantém em estabilidade.

Se Trump gritar, China se cala (e isso pode ser um desastre)

O analista Matheus Spiess, da Empiricus, expressa preocupação com a indicação de que a China não planeja mais reagir a cada novo aumento de tarifas imposto por Trump com um ajuste equivalente.

“Estamos, portanto, à beira de um rompimento formal e sem precedentes nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo — uma situação que traz consigo implicações profundas e imprevisíveis para a ordem internacional”, afirma o analista.

Segundo ele, não há nenhum precedente histórico que nos prepare para o que está por vir. Nos mercados, os efeitos começam a se espalhar de forma mais estrutural.

Assim, os ativos norte-americanos passam a ser questionados não apenas pela perspectiva de um crescimento reduzido ou até mesmo uma recessão, mas também pela erosão da credibilidade dos EUA como líder econômico global.

Enquanto isso, o mercado aguarda os dados sobre a inflação ao produtor (PPI) nos EUA. Esse indicador mede a variação média nos preços que os produtores domésticos recebem por seus bens e serviços ao longo do tempo.

Diferentemente do CPI (Índice de Preços ao Consumidor), que reflete os preços pagos pelos consumidores finais, o PPI concentra-se nos preços na origem da cadeia produtiva, antes de chegarem ao consumidor final.


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