A semana passada foi marcada pela intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos, com as duas principais economias do mundo aumentando as tarifas de forma mútua.
Na sexta-feira (11), Pequim elevou as tarifas sobre produtos americanos para 125%, em resposta ao anúncio feito pelos EUA um dia antes, que implementaram tarifas de pelo menos 145% sobre itens chineses.
Como último movimento, no sábado (12), o presidente americano, Donald Trump, declarou que os eletrônicos importados para os EUA estariam isentos das tarifas recíprocas. No entanto, essa medida pode ser temporária, conforme indicam fontes da imprensa internacional.
Esse cenário de incerteza afetou diversos ativos, incluindo a renda fixa. No Brasil, os juros futuros fecharam a semana com uma abertura ao longo da curva.
As taxas de juro real aumentaram, com os rendimentos das NTN-Bs (Tesouro IPCA+) com vencimento em 2030 atingindo cerca de 7,92% ao ano, conforme análise da equipe da XP Investimentos.
Entre os títulos públicos, a maioria apresentou resultados negativos na semana. A NTN-B 2045 se destacou pela maior variação negativa, com uma queda de -1,87%, enquanto as LFT 2028 e LFT 2030 tiveram a maior alta, ambas com +0,21%.
No mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures atreladas ao CDI encerraram a semana em leve redução.
O índice IDEX-DI ficou em 1,94%, comparado a 1,95% na semana anterior. Em relação aos fundos de investimento, março registrou uma captação líquida negativa de R$ 5 bilhões, totalizando saídas de R$ 40 bilhões no ano.
As maiores retiradas ocorreram nos fundos de ações, com -R$ 8,5 bilhões, e nos FIDCs, com -R$ 4,7 bilhões. Somente os fundos de renda fixa e multimercado apresentaram saldo positivo no mês.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
A semana começa com os agentes de mercado consultados pelo Banco Central mantendo as previsões para a inflação de 2025 em 5,65%, pela terceira semana consecutiva, conforme indicado no Boletim Focus.
As projeções para a Selic também se mantiveram em 15% para 2025 e 12,50% para 2026. Quanto ao dólar, as estimativas continuam em R$ 5,90 e R$ 5,97, respectivamente.
Outro ponto importante é o envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso, previsto para até terça-feira (15).
Esse projeto servirá como base para o Orçamento de 2026, que é um ano de eleições gerais no Brasil. No cenário internacional, a atenção continua voltada para a evolução da guerra comercial entre China e EUA. Além disso, o Banco Central Europeu anunciará suas decisões sobre os juros na quinta-feira (17).

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