O Google, pertencente à Alphabet, está enfrentando um julgamento histórico nesta segunda-feira (21), enquanto as autoridades antitruste dos Estados Unidos em Washington buscam obrigar a gigante da tecnologia a vender seu navegador Chrome, como parte de um esforço para reestabelecer a concorrência no mercado de buscas online.
O Departamento de Justiça dos EUA está levando o caso a tribunal após conseguir duas importantes vitórias legais contra o Google, incluindo uma decisão em agosto que afirmou que a empresa monopoliza o setor de pesquisa.
Esse julgamento ocorre após uma vitória em um tribunal da Virgínia na última quinta-feira, onde um juiz decidiu em um caso antitruste distinto que o Google possui um monopólio ilegal na área de tecnologia publicitária.
O desfecho do julgamento pode transformar radicalmente a Internet, removendo o Google como o principal portal de informações online. A empresa já anunciou sua intenção de recorrer da decisão final.
“Em relação às medidas antitruste, a Suprema Corte dos EUA afirmou que ‘é fundamental agir com cautela’. A proposta do DOJ ignora completamente essa cautela”, comentou Lee-Anne Mulholland, executiva do Google, em um comunicado no domingo.
O juiz distrital dos EUA Amit Mehta está previsto para presidir o julgamento de três semanas no mesmo tribunal onde a Meta enfrenta seu próprio processo antitruste relacionado às aquisições do Instagram e do WhatsApp.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos, juntamente com uma coalizão de 38 procuradores-gerais estaduais, apresentou propostas abrangentes que visam abrir rapidamente o mercado de buscas e oferecer vantagens aos novos concorrentes.
As propostas incluem a eliminação dos acordos exclusivos que permitem ao Google pagar bilhões de dólares anualmente à Apple e a outros fabricantes de dispositivos para que o Google seja o mecanismo de busca padrão em seus smartphones e tablets.
Além disso, o Google teria que licenciar seus resultados de pesquisa para os concorrentes, entre outras condições. Caso essas medidas não sejam suficientes para reestabelecer a concorrência, a empresa seria obrigada a vender seu sistema operacional móvel Android.