De acordo com o Wall Street Journal, a Huawei está prestes a iniciar os testes de seu processador de inteligência artificial mais avançado, o Ascend 910D, com o objetivo de substituir os produtos de alta performance da Nvidia no mercado chinês.
A Huawei está se preparando para desafiar a Nvidia (NVDC34) no campo da inteligência artificial, em meio à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Conforme noticiado pelo Wall Street Journal, a empresa chinesa iniciará os testes de seu mais recente e poderoso processador de inteligência artificial, o Ascend 910D. O objetivo da Huawei é claro: substituir os produtos de alta performance da Nvidia no mercado chinês.
Segundo o Wall Street Journal, a Huawei já entrou em contato com várias empresas de tecnologia na China para avaliar a viabilidade técnica de seu novo chip.
A previsão é que as primeiras amostras do Ascend 910D sejam entregues até o final de maio, com o objetivo de competir diretamente com o H100 da Nvidia, que é o principal chip da companhia americana voltado para o treinamento de modelos de inteligência artificial.
Vale lembrar que a venda do chip H100 foi proibida na China pelos Estados Unidos em 2022.
Contudo, a Huawei não pretende perder tempo. Segundo a Reuters, a empresa chinesa está se preparando para iniciar os envios em larga escala do chip de inteligência artificial 910C para seus clientes na China já em maio.
Os chips de IA têm sido um desafio constante para as empresas que estão no meio do conflito entre os Estados Unidos e a China há vários anos.
Por exemplo, a Huawei e suas concorrentes chinesas vêm se esforçando há tempos para alcançar a Nvidia na produção de chips de alta performance, a fim de competir no treinamento de modelos de inteligência artificial.
Para restringir o progresso tecnológico da China, especialmente no que se refere a avanços com fins militares, Washington decidiu bloquear o acesso do país aos produtos de inteligência artificial mais sofisticados da Nvidia.
Guerra comercial entre EUA e China preocupa Nvidia
Apesar das limitações impostas, o mercado chinês continua sendo um dos mais relevantes para a Nvidia, como a própria empresa enfatizou.
Neste mês, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, se apresentou formalmente para se reunir com Ren Hongbin, presidente do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, durante uma visita a Pequim.
A mensagem que Huang desejou transmitir foi clara: a China é um mercado “extremamente importante” para a companhia e ele espera manter a cooperação com o país, conforme divulgado em informações recentes.
A visita de Huang ocorreu após um convite do representante da agência comercial vinculada ao Ministério do Comércio da China, e poucos dias depois que os EUA impuseram novas restrições à exportação dos chips de IA H20 para a China e cinco “nações digitais”.
De acordo com o Financial Times, essa viagem é incomum por um motivo: o CEO geralmente evita encontros com altos funcionários do governo chinês.
Essa mudança de postura acontece após o governo dos EUA ter declarado, no início desta semana, que a Nvidia precisará de uma licença para exportar seus processadores para a China e outros países “por tempo indeterminado”.

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