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Inter (INBR32) bate recorde de lucro e cresce rentabilidade no 1T25, mas ainda tem chão até chegar no 60-30-30

O banco digital manteve sua trajetória de crescimento nos resultados, mas ainda precisa acelerar para atingir suas metas ambiciosas até 2027. Confira os principais destaques do balanço.

Na disputa pelos resultados do primeiro trimestre de 2025, o Inter (INBR32) se destacou ao registrar um lucro trimestral histórico no início deste ano, embora ainda precise de um esforço adicional para alcançar suas metas audaciosas nos próximos anos.

O banco digital, conhecido pela sua cor laranja, alcançou um lucro líquido de R$ 287 milhões após a participação de minoritários, representando um crescimento de 56,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior e uma alta de 4,1% em relação ao trimestre anterior.

A rentabilidade também apresentou crescimento nos primeiros três meses de 2025. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) atingiu 12,9%, marcando um aumento de 3,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior e de 0,4 p.p na comparação com o trimestre anterior.

“Tivemos um início de ano muito forte, com resultados recordes que evidenciam nossa habilidade de continuar crescendo de forma rentável”, afirmou João Vitor Menin, CEO Global da Inter&Co, em comunicado.

“Nossa visão para 2025 continua bastante otimista, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador. Estamos comprometidos em nos manter à frente das tendências e em aproveitar proativamente as oportunidades de crescimento, o que nos faz acreditar que 2025 será mais um ano de execução consistente em nossa trajetória rumo ao 60/30/30”, complementou.

O plano 60-30-30 do Inter (INBR32)

Além dos ganhos em rentabilidade, o Inter (INBR32) também progrediu em outras métricas do seu ousado plano 60-30-30.

Para relembrar, a meta do Inter é atingir 60 milhões de clientes, mantendo uma eficiência de 30% e alcançando um ROE de 30%, superando o do Itaú até o final de 2027.

Com um olhar voltado para os objetivos de longo prazo, o Inter seguiu focado na ampliação da sua base de clientes durante o primeiro trimestre.

A fintech registrou um crescimento de 18,8% em comparação ao mesmo período de 2024, encerrando o trimestre com 37,7 milhões de usuários.

Quando analisamos apenas os clientes ativos — que são aqueles que realizaram pelo menos uma transação nos últimos três meses — houve um acréscimo de 1 milhão de usuários no período, representando um aumento de 23,9%, totalizando 21,6 milhões.

“Ao entrarmos no terceiro ano do plano 60/30/30, sentimos orgulho em ver que nossos resultados refletem a dedicação, o foco e a eficácia da nossa equipe na execução do nosso plano estratégico, garantindo um crescimento e lucratividade consistentes e resilientes”, comentou Alexandre Riccio, CEO da Inter&Co no Brasil.

Por outro lado, as despesas do Inter também apresentaram um aumento significativo no trimestre. Os gastos cresceram 32,3% em relação ao primeiro trimestre de 2024, totalizando R$ 831 milhões.

Dessa forma, o índice de eficiência — que relaciona as despesas operacionais à receita total — ficou em 48,8%, com uma alta de 1,1 ponto percentual na comparação anual.

“O crescimento continua sendo nosso principal motor, mas permanecemos focados em controlar as despesas rumo à nossa meta de eficiência de 30%”, ressaltou o CEO global do Inter.

Outras linhas do balanço do Inter (INBR32)

A receita bruta total do Inter alcançou R$ 3,16 bilhões no primeiro trimestre, representando um crescimento de 38% em relação ao ano anterior.

A margem financeira líquida — que reflete a eficiência do banco ao subtrair os custos de captação da receita gerada com créditos — atingiu um recorde de 8,8% neste trimestre, com um aumento de 0,6 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2024.

É importante mencionar que o banco alterou a metodologia utilizada para calcular a margem financeira líquida, visando “capturar melhor o desempenho financeiro”. Essa mudança incluiu caixa e equivalentes de caixa e depósitos compulsórios no Banco Central do Brasil, enquanto depósitos interfinanceiros foram excluídos.

Para contextualizar, com a metodologia anterior, o indicador teria encerrado o trimestre em 7,7%.

Segundo o Inter, os ganhos na margem foram impulsionados por melhorias no mix de originação de crédito, uma segmentação mais eficaz dos clientes e uma alocação de capital mais eficiente em crédito e títulos.

No que diz respeito ao crédito consignado privado, a carteira do banco cresceu 21,2% na comparação anual e 5,1% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 37,39 bilhões.

Como parte da estratégia da fintech para alcançar altos níveis de crescimento e rentabilidade nos próximos anos, a carteira de consignado privado atingiu R$ 197 milhões apenas dez dias após seu lançamento.

Por fim, a taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu 0,7 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2023 e 0,1 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, fixando-se em 4,1%.


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