Na próxima terça-feira (13), a JBS (JBSS3) divulgará seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025 (1T25).
Em um relatório publicado em 1º de maio, o Goldman Sachs destacou que os números apresentados pela Pilgrim’s Pride Corporation (PPC) em 30 de abril indicam fundamentos robustos para o mercado global de frango. No entanto, a ação sofreu uma queda devido às altas expectativas do mercado em relação às margens do 1T25.
Os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann afirmam que “a JBS apresenta uma combinação atraente, com um bom desempenho nos lucros, alguns riscos de alta em relação ao consenso, um evento positivo de curto prazo com seu processo de dupla listagem em andamento e uma geração de fluxo de caixa bastante interessante”.
Com isso, o banco revisou sua previsão de Ebitda para o 1T25, aumentando-a em 4%, para R$ 9,3 bilhões, o que representa 7% acima da média prevista pelo consenso da Bloomberg.
Para o exercício fiscal de 2025, a expectativa é de um Ebitda de R$ 39,2 bilhões, 3% superior ao consenso da Bloomberg, com um retorno de fluxo de caixa livre de 8%.
Além disso, o Goldman Sachs mantém uma recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 54,20, indicando um potencial de valorização de 23%. Os analistas veem a diversificação do frigorífico como uma vantagem competitiva importante, pois ajuda a mitigar os efeitos das flutuações nos ciclos específicos de cada segmento.
A visão do Santander para JBS
Por outro lado, o Santander revisou suas previsões de Ebitda, diminuindo-as de R$ 8,7 bilhões para R$ 8,6 bilhões, em função dos resultados que ficaram aquém do esperado para a PPC.
Como consequência, os analistas consideram isso um risco negativo para o consenso de Ebitda da JBS, que está em R$ 8,6 bilhões, especialmente levando em conta os desafios enfrentados pela Pilgrim’s Pride. As previsões de consenso para a JBS sugeriam um EBITDA de US$ 565 milhões para a PPC.
“De maneira geral, o avanço da JBS em direção à sua dupla listagem nos Estados Unidos, aliado ao diferencial de valuation em comparação com a Tyson Foods (com um EV/Ebitda de 6,4x em US GAAP para a JBS, contra 8,4x para a Tyson), justifica nossa recomendação de desempenho acima da média (compra) e nosso preço-alvo de R$ 58,00”, afirmam Guilherme Palhares e Laura Hirata.
Em relação à Seara, o Santander vê um potencial de valorização, estimando um Ebitda de R$ 2,1 bilhões para este segmento, com uma margem Ebitda de 17% (uma queda de 260 pontos-base no trimestre), alinhada com as expectativas do mercado.
“A oferta limitada de frango, juntamente com uma demanda robusta tanto no mercado interno quanto no externo — especialmente na Europa — tem ajudado a manter preços favoráveis. Além disso, as pressões inflacionárias nos alimentos processados têm reforçado essas tendências no início de 2025”, acrescentam.

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