Na terça-feira (9), o Ibovespa registrou uma alta superior a 3%, encerrando o dia aos 127.795,93 pontos, o maior patamar desde novembro.
Entretanto, a aversão ao risco aumentou entre os investidores à medida que a tensão na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo se intensificou, impactando os mercados globais.
No mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um aumento das tarifas sobre produtos chineses para 125%, em resposta à taxa de 84% imposta pela China sobre bens fabricados nos EUA. Em contrapartida, Trump decidiu suspender as tarifas adicionais por um período de 90 dias e reduziu a tarifa recíproca para 10% para os países que não retaliaram as medidas tarifárias anunciadas anteriormente.
Nesta quinta-feira (10), a China respondeu com restrições à exibição de filmes de Hollywood. Em uma nova reação, os EUA aumentaram, pelo terceiro dia consecutivo, as tarifas sobre a China para 145%, uma correção em relação ao que foi divulgado no dia anterior (9), segundo informações da Casa Branca.
Wall Street retorna ao território negativo
Após um dia de recordes, os índices de Wall Street enfrentaram novas perdas. Por volta das 13h20 (horário de Brasília), o S&P 500 apresentava uma queda superior a 6%, enquanto o Dow Jones registrava uma baixa de 5%. O Nasdaq, que concentra as principais empresas de tecnologia, mostrava um recuo de 7%.
O VIX (CBOE Volatility Index), que reflete a aversão ao risco em Wall Street e é conhecido como o “termômetro do medo”, está operando em torno dos 55 pontos, com um aumento superior a 62%.
No dia anterior, o S&P 500 teve um salto de 9,5%, marcando a terceira maior alta diária desde o fim da Segunda Guerra Mundial, impulsionado pela ‘trégua’ anunciada por Trump. O índice Nasdaq registrou o maior crescimento diário desde janeiro de 2001 e o segundo melhor desempenho intradia da sua história. O Dow Jones também teve um avanço significativo, sendo o maior desde março de 2020. Em contrapartida, o VIX caiu 36%, representando a maior queda em um único dia já registrada.
Na Europa e na Ásia, as bolsas registraram recuperação, com os investidores reagindo à breve ‘trégua’ de Trump e ao forte desempenho de Wall Street no dia anterior.
O índice Stoxx 600, referência na Europa, fechou com uma alta de 3,7%, a melhor sessão em três anos. Em resposta às ações dos EUA, a União Europeia decidiu suspender as tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos, que haviam sido anunciadas no dia anterior (9), por um período de 90 dias.
Na Ásia, o índice Nikkei do Japão liderou os ganhos com uma alta superior a 9%. O Hang Seng de Hong Kong subiu cerca de 2%, enquanto o índice Kospi da Coreia do Sul disparou 6%, um dia após entrar em ‘bear market’.

DifViral difviral@gmail.com
No DifViral você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.