A renda fixa continua sendo a opção preferida dos investidores brasileiros, conforme mostra a pesquisa mensal da XP realizada com seus assessores de investimentos. Apesar de um aumento no interesse por ações e ouro, a busca por segurança ainda se mantém firme.
Segundo o estudo, 75% dos assessores indicaram que seus clientes ainda estão focando em aplicações em renda fixa em abril, o que representa uma leve diminuição de 2 pontos percentuais em comparação com março. Além disso, o interesse por fundos de renda fixa subiu 4 pontos percentuais, alcançando 61%.
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Interesse por ações e ouro ganha força
A pesquisa também revelou que, embora a renda fixa ainda seja predominante, a busca por diversificação está começando a se destacar.
O interesse em investimentos em ações aumentou 7 pontos percentuais no último mês, chegando a 28%. Da mesma forma, o ouro, que historicamente é visto como um refúgio seguro em períodos de incerteza, também teve um crescimento de 7 pontos, alcançando 14%.
Além disso, o sentimento em relação à renda variável apresentou uma melhora: 18% dos assessores afirmaram que seus clientes têm a intenção de aumentar a exposição em ações, enquanto 12% disseram que planejam reduzir. A maioria, 70%, opta por manter suas posições inalteradas.
Quando analisamos as preferências por setores na Bolsa, o enfoque permanece defensivo. O setor financeiro continua sendo o mais atrativo, seguido pelos de energia elétrica e saneamento.
Por outro lado, setores mais suscetíveis a mudanças nas taxas de juros, como educação, varejo e transportes, continuam a ser menos procurados.
Riscos fiscais perdem força, mas cenário global preocupa
No contexto de riscos, as preocupações fiscais no Brasil apresentaram uma queda significativa, reduzindo-se para 44% em abril — uma diminuição de 16 pontos percentuais em relação ao mês anterior —, embora ainda sejam o principal motivo de cautela.
Por outro lado, os riscos globais se tornaram mais proeminentes, incluindo a possibilidade de uma recessão nos EUA e o aumento das tensões geopolíticas.
Apesar dessas preocupações, a pesquisa revelou que a maioria dos clientes mantém uma perspectiva de investimento voltada para o longo prazo: 79% dos investidores planejam manter suas aplicações por mais de um ano.
Outro aspecto notável foi a reação dos brasileiros ao anúncio de tarifas comerciais pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para 44% dos assessores, essa decisão teve um impacto positivo no interesse por investimentos internacionais.
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