Os investidores do FII parecem não se deixar abalar pela inadimplência — e há uma razão para a empolgação entre os cotistas.
O fundo imobiliário Riza Arctium (RZAT11) comunicou que a Aspam, inquilina do imóvel situado em Goiânia (GO), não efetuou o pagamento do aluguel referente ao mês de março.
Além disso, a inadimplência se estende: o fundo também informou que não recebeu o pagamento da Opção de Compra do ativo.
Esse valor faz parte de um acordo entre o FII e a locatária, que assegura à Aspam o direito de reintegrar o armazém de Goiás ao seu portfólio.
O ativo foi adquirido pelo RZAT11 em janeiro de 2022, vindo da própria Aspam, por meio do modelo Sale and Leaseback. Assim que o imóvel foi adicionado à carteira do FII, ele passou a ser alugado pela empresa.
Para manter o direito de recomprar o ativo, a companhia deve pagar uma taxa mensal ao RZAT11. Esse valor é calculado com base no montante pago pelo fundo na aquisição do armazém, multiplicado pela variação positiva mensal do IPCA. Na época, a transação foi avaliada em R$ 70 milhões.
Apesar da inadimplência, RZAT11 em alta na bolsa
Os investidores do FII Riza Arctium parecem não estar preocupados com a inadimplência. Por volta das 13h, as cotas do fundo apresentavam uma alta de 1,54%, sendo negociadas a R$ 89,20. Contudo, há uma razão para a empolgação entre os cotistas.
Embora o RZAT11 tenha informado um impacto negativo de R$ 0,29 por cota, os investidores não sentirão isso financeiramente.
Isso se deve ao fato de que o fundo possui uma reserva de R$ 0,51 por cota disponível para distribuição de proventos.
Dessa forma, o FII manteve os dividendos em R$ 1,10 por cota para o mês de março, conforme anunciado na véspera (dia 14).
Os cotistas poderão ver o valor creditado em suas contas no dia 23 deste mês. Aqueles que mantiveram RZAT11 em sua carteira até esta segunda-feira terão direito ao recebimento.
Além de garantir o fluxo de proventos, a gestora do FII, a Riza Asset Management, também informou que aplicará uma multa devido à inadimplência e que esse valor será repassado aos cotistas após o recebimento.
De acordo com o comunicado enviado à CVM, a Aspam já havia atrasado pagamentos anteriormente devido a um “descasamento em seu fluxo de caixa”. No entanto, a gestora destacou que a empresa tem um histórico de regularização dessas pendências.
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