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Santander (SANB11): Lucro avança mais 28% no 1T25, chega a R$ 3,9 bi e bate expectativas

O Santander (SANB11) iniciou a divulgação dos resultados dos grandes bancos, reportando um lucro líquido gerencial de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Esse valor representa um crescimento de 27,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo aumento da carteira de crédito e da rentabilidade, conforme anunciado em um comunicado ao mercado nesta quarta-feira (30).

Esse resultado superou as expectativas do consenso da Bloomberg, que previa um lucro de R$ 3,6 bilhões.

O retorno sobre a rentabilidade, um indicador monitorado de perto pelos analistas, alcançou 17,4%, apresentando um aumento de 3,3 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Essa cifra foi considerada uma surpresa, já que muitos analistas esperavam uma queda nesse indicador. A XP, por exemplo, projetava uma rentabilidade de 16,2%. Assim, o banco continua sua trajetória de recuperação iniciada no quarto trimestre de 2023, após enfrentar uma deterioração na qualidade dos ativos no período pós-pandemia.

Embora a unidade do banco espanhol e o Bradesco (BBDC4) sejam vistas como afetadas pelo aumento da Selic, que pode chegar a 15% em 2025, o Santander conseguiu reconquistar a confiança de alguns analistas. Eles consideram que as ações estão sendo negociadas a preços atrativos e com resultados superiores às expectativas. No acumulado do ano, os papéis do banco já apresentam uma valorização em torno de 20%.

A rentabilidade, no entanto, apresentou uma queda de 0,2 ponto percentual em comparação ao quarto trimestre. É comum que o primeiro trimestre tenha um desempenho inferior ao da última parte do ano.

No relatório, o CEO, Mario Leão, enfatiza que os resultados refletem o compromisso com a execução da estratégia desenvolvida nos últimos anos, que visa uma operação cada vez mais diversificada, resiliente e lucrativa.

“Continuamos avançando na evolução sustentável do nosso ROAE, mantendo disciplina na alocação de capital e seguindo nossos pilares estratégicos e um processo de transformação constante”, afirmou.

As receitas totais atingiram R$ 21 bilhões, marcando um crescimento de 7% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que o banco considerou uma “boa evolução”, impulsionada pela margem financeira. Essa margem foi favorecida pelo aumento dos volumes e spreads com os clientes.

Em relação à margem financeira, houve um crescimento de 7,7% no ano, embora tenha apresentado uma leve queda de 0,4%, totalizando R$ 15,9 bilhões.

Expansão da carteira do Santander; e a inadimplência?

Apesar de um começo de ano mais fraco, o Santander continuou a aumentar sua carteira de crédito ampliada, que alcançou R$ 682 bilhões, representando um crescimento de 4,3% em comparação ao ano anterior.

Em relação ao terceiro trimestre, a carteira se manteve estável, evidenciando a disciplina do banco e o foco na diversificação de riscos nos portfólios, além da otimização da rentabilidade ajustada ao risco.

Analisando os segmentos, o Santander obteve um crescimento expressivo em pequenas e médias empresas (13,2%) e no financiamento ao consumo (15,7%), enquanto houve uma queda de 2,3% nas operações com pessoas físicas.

Quanto ao índice de inadimplência, que avalia a capacidade dos clientes em honrar suas obrigações financeiras, o banco conseguiu manter os principais indicadores sob controle. O índice de atrasos de 15 a 90 dias ficou em 4,1% em março de 2025, sem variações significativas no trimestre ou no ano. Já para atrasos superiores a 90 dias, o índice subiu para 3,3%, com um aumento de 0,2 ponto percentual em relação ao ano anterior, especialmente influenciado por empresas que apresentaram uma elevação de 0,4 p.p. no período.

O Santander destacou que houve uma melhora no índice de inadimplência entre pessoas físicas, mas um aumento na inadimplência das pessoas jurídicas.

Em relação à provisão para perdas com empréstimos (PDD), houve um crescimento de 5,7% no valor provisionado, totalizando R$ 6,3 bilhões, além de uma alta de 7,7% em comparação ao quarto trimestre. O banco atribui esse aumento principalmente à implementação da Resolução CMN nº 4.966/21 e ao menor resultado na recuperação de crédito durante o período.

As despesas gerais somaram R$ 6,5 bilhões, apresentando um aumento de 4,4%, impactadas principalmente pelo acordo coletivo de 2024 sobre a base salarial dos colaboradores a partir do terceiro trimestre e por maiores investimentos em tecnologia.


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