O Copom optou por elevar a taxa Selic novamente, mas especialistas acreditam que essa pode ser a última alta. Confira algumas estratégias para aproveitar oportunidades de lucro na renda fixa neste momento.
Sem grandes surpresas, o Copom avançou mais uma vez em seu ciclo de aperto monetário. Na última quarta-feira (7), Gabriel Galípolo e os demais diretores do Banco Central elevaram a taxa Selic para 14,75% ao ano, levando os investidores a se perguntarem se uma mudança na tendência dos juros está próxima.
Embora o aumento da Selic já fosse amplamente antecipado pelo mercado, a principal incerteza girava em torno da magnitude desse ajuste.
Com a elevação de 0,50 ponto percentual e um comunicado mais suave, muitos economistas começam a acreditar que a taxa básica de juros pode ter atingido seu pico.
Esse é o caso da analista Lais Costa, especialista em cenário macroeconômico e renda fixa na Empiricus Research. Segundo ela, o ciclo de altas pode ter chegado ao fim:
“A sinalização de uma postura mais cautelosa no comunicado indica o término do ciclo de elevação dos juros ou, pelo menos, torna menos provável uma alta adicional de 25 pontos base que o mercado havia precificado.
A menos que haja um deterioração significativa no cenário macroeconômico, é mais provável que tenhamos alcançado o fim da alta da Selic”, afirma.
Assim, com a possível conclusão do ciclo de elevações, a atenção agora se volta para quando a Selic poderá começar a ser reduzida e como os investimentos reagirão a esse novo cenário.
Enquanto ativos de risco celebram os “sinais” do Banco Central – com o Ibovespa subindo mais de 3%, por exemplo – muitos investidores questionam se a “era dourada” da renda fixa está prestes a acabar.
Isso porque, com juros menores, os retornos dos títulos de renda fixa tendem a ser menos expressivos. No entanto, mesmo com a possibilidade de uma mudança na Selic, ainda é viável encontrar oportunidades atrativas de lucro nessa classe de ativos.
Crédito privado é o grande destaque, segundo analista – veja os títulos favoritos
Diante do cenário atual e das projeções macroeconômicas, a analista especializada em renda fixa encontrou uma excelente oportunidade para obter lucros ao investir em títulos de crédito privado.
Esses ativos funcionam como um empréstimo concedido a empresas privadas para a realização de projetos, oferecendo em troca uma taxa de juros específica.
Os três títulos destacados por Lais são indexados à inflação e podem proporcionar um retorno real de até 8,36% ao ano.
É importante notar que, mesmo com as previsões do Boletim Focus indicando uma redução nos índices do IPCA para este e o próximo ano, a analista ressalta que esses investimentos são eficazes na proteção do patrimônio contra a inflação – um aspecto fundamental, especialmente em economias instáveis como a do Brasil.
Além disso, enquanto muitos investidores se preocupam com a diminuição dos altos retornos na renda fixa, esses ativos ainda oferecem rendimentos superiores à média do mercado.
Aqui está uma breve apresentação desses investimentos recomendados:

Observe que, conforme mencionado anteriormente, os títulos oferecem uma remuneração de até IPCA + 8,36%. Para efeito de comparação, o Tesouro IPCA+ está proporcionando um retorno real máximo de 7,37% ao ano.
À primeira vista, a diferença entre os títulos públicos e os de crédito privado pode parecer pequena. No entanto, é importante destacar um aspecto bastante atrativo desse tipo de investimento sugerido pela analista: os rendimentos são totalmente isentos de Imposto de Renda.
Isso significa que, enquanto os ganhos provenientes do Tesouro estão sujeitos à tributação do Leão do IR, esses outros ativos garantem um retorno real de até 8,36% ao ano completamente líquido.

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