O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará um decreto nesta terça-feira (29) para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo, conforme informou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, durante uma coletiva.
Representantes do governo afirmaram que as novas medidas vão aliviar algumas tarifas aplicadas a peças importadas para veículos fabricados nos EUA. Além disso, os importadores não precisarão pagar tarifas acumuladas sobre automóveis e os materiais utilizados em sua fabricação.
“O presidente assinará o decreto sobre as tarifas automotivas ainda hoje, e nós o divulgaremos como sempre fazemos”, declarou Leavitt durante um briefing com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, que abordou a agenda econômica do governo.
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O governo ainda não divulgou oficialmente as medidas para reduzir as tarifas, mas autoridades confirmaram uma reportagem do The Wall Street Journal, que indica que as empresas que pagam tarifas sobre automóveis não serão mais responsabilizadas por outras taxas, como as de alumínio e aço.
Serão realizados reembolsos para tarifas já pagas.
“Esse acordo representa uma grande vitória para a política comercial do presidente, pois beneficia as empresas que produzem no país e, ao mesmo tempo, oferece um caminho para os fabricantes que demonstraram interesse em investir nos EUA e ampliar sua produção interna”, afirmou o secretário de Comércio, Howard Lutnick, em um comunicado na segunda-feira, embora sem fornecer detalhes.
A medida para amenizar o impacto das tarifas automotivas é a mais recente iniciativa do governo para demonstrar flexibilidade em relação às tarifas, que têm gerado turbulências nos mercados financeiros, gerado incertezas para as empresas e suscitado preocupações sobre uma possível desaceleração econômica significativa.
As montadoras afirmaram na segunda-feira que esperam que Trump anuncie um alívio nas tarifas automotivas antes de sua viagem a Michigan nesta terça, onde estão localizadas várias montadoras e mais de 1.000 grandes fornecedores do setor.
Na semana passada, uma coalizão de grupos da indústria automobilística americana solicitou a Trump que não impusesse tarifas de 25% sobre peças importadas, alertando que isso poderia reduzir as vendas de veículos e elevar os preços.
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Trump havia mencionado anteriormente sua intenção de estabelecer tarifas de 25% sobre peças automotivas até o dia 3 de maio.
A carta, assinada por grupos que representam empresas como GM, Toyota Motor, Volkswagen, Hyundai e outras, foi encaminhada ao representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, além de Bessent e Lutnick.
“A maioria dos fornecedores do setor automotivo não possui capital suficiente para suportar uma interrupção abrupta causada por tarifas. Muitos já enfrentam dificuldades e poderão sofrer interrupções na produção, demissões e até falências”, afirmava a carta.

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