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UBS reduz previsão de crescimento global para os próximos dois anos; EUA perde confiança e deve desacelerar

O UBS revisou para baixo sua previsão de crescimento da economia mundial, levando em conta as tarifas atualmente aplicadas pelos Estados Unidos. A expectativa é que, até 2026, o crescimento global desacelere para 2,5%, em comparação com a estimativa anterior de 2,9%.

Esse foi o terceiro ajuste nas projeções feito pelos analistas nas últimas duas semanas. O banco ressaltou que as estimativas do PIB global foram reduzidas em 0,4 pontos percentuais (p.p) para 2025 e mais 0,2 p.p para 2026.

Os analistas apontam que as negociações podem resultar na diminuição das tarifas, o que poderia levar a uma atualização nas projeções. Por outro lado, também existe a possibilidade de que as tarifas aumentem ainda mais, especialmente enquanto o mercado espera decisões relacionadas aos setores farmacêutico e de semicondutores.

Projeções para os EUA

De acordo com as previsões do UBS, o crescimento da produção nos Estados Unidos deve ser de 1,5%, inferior aos 2% estimados anteriormente. Para 2026, o banco projeta um leve crescimento de 0,8%, também abaixo das estimativas anteriores, que eram de 1,8%.

Os analistas calculam que o montante total das tarifas atuais, que incluem um imposto universal de 10% e taxas de importação específicas sobre produtos como alumínio, aço e automóveis, chega a US$ 780 bilhões.

Após a redução das tarifas promovida pelo presidente Donald Trump em relação a outros países, a concentração dessas tarifas na China poderia ter melhorado as previsões de crescimento e inflação. Segundo o UBS, a diminuição das tarifas recíprocas permitiria uma maior troca por produtos não tarifados.

Entretanto, as tarifas impostas à China aumentaram e as retaliações também se intensificaram, revertendo qualquer possível melhora nas projeções. O UBS observou que a confiança nos Estados Unidos está caindo de forma mais acentuada do que na China e na União Europeia.

Segundo o UBS, qualquer nova retaliação tende a elevar a inflação no país que a aplica, resultando em uma diminuição da oferta no mercado americano. No entanto, essas retaliações podem atenuar a força do dólar, o que ajudaria a mitigar, em certa medida, o efeito inflacionário.


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