O desempenho robusto ocorre em um dia favorável para o setor de petróleo, mas a alta da commodity no mercado internacional não é o principal fator impulsionador das ações da BRAV3 neste momento.
Depois de um início de mês bastante agitado para as ações na bolsa brasileira, a Brava Energia (BRAV3) recupera-se nesta quarta-feira (16) e se destaca, com grande margem, entre as maiores altas do Ibovespa no início da tarde.
Por volta das 12h20, os papéis da BRAV3 subiam 6,50%, cotados a R$ 18,35. No entanto, considerando o acumulado do ano, a petroleira ainda enfrenta uma desvalorização de aproximadamente 24% na B3.
O desempenho positivo ocorre em uma sessão favorável para o setor de petróleo na B3, que avança de forma generalizada, acompanhando a valorização da commodity no mercado internacional.
Os contratos futuros do Brent, referência global, para junho apresentavam alta de 1,90%, cotados a US$ 65,90 o barril. Por sua vez, o petróleo cru WTI, referência nos Estados Unidos, para maio subia 2,09%, alcançando US$ 62,61 o barril.
Embora a elevação do preço do petróleo beneficie naturalmente o desempenho de empresas do setor de óleo e gás na bolsa, essa commodity não é o único fator que impulsiona a valorização significativa da Brava Energia hoje.
Por trás do salto das ações
Na verdade, a valorização da Brava Energia (BRAV3) hoje é principalmente atribuída a um fator microeconômico: o Yellowstone e o BTG WM alteraram suas participações acionárias na empresa, após uma reestruturação de posições do fundo.
A exposição do fundo estava registrada no quadro acionário da petroleira sob a gestão do BTG Pactual WM.
Entretanto, após adquirir milhões de ações da BRAV3, o fundo, administrado pela BTG WM, aumentou sua posição individualmente para 24.572.000 ações ordinárias da Brava, o que representa cerca de 5,29% do total. Com isso, essa participação passou a ser reportada de forma separada.
Por sua vez, a gestora BTG WM agora possui um total de 17.173.006 ações BRAV3, correspondendo a 3,70% do total.
De acordo com o comunicado, a aquisição das ações pelo fundo visa realizar operações financeiras e também pretende modificar a composição do controle ou a estrutura administrativa da petroleira júnior.
O Yellowstone também enfatiza que não tem a intenção de alcançar uma participação acionária específica.
A nova estratégia da Brava Energia (BRAV3)
A Brava Energia (BRAV3) está realizando alterações em sua estratégia de operação onshore, ou seja, em terra firme.
De acordo com o CEO, Décio Oddone, a petroleira júnior está adotando um processo de otimização dos investimentos (capex), redução de custos e, especialmente, a implementação de projetos-piloto focados na recuperação terciária de petróleo.

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